segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Inicio de Campanha - Percurso

Dia 11 de Novembro

09:30 - Hospital de Santa Maria

11:30 - Hospital Garcia de Horta

17:00 - Hospital da Força Aérea

sábado, 1 de dezembro de 2007

Lista dos Futuros Órgãos Sociais Nacionais

Esta é a lista dos Futuros Órgãos Sociais Nacionais, excluidos pela Comissão Eleitoral.




Presidente da Mesa da Assembleia Geral

Isabel Maria Falcão Martins

Hospital de São José - Cirurgia I






Conselho Directivo Nacional

João Fernando Barata Camisão

Centro Clínico da GNR, Lisboa




Conselho Directivo Nacional

Maria Regina Madeira Esteves

Centro Clínico do Banco de Portugal




Conselho Directivo Nacional

Tiago Filipe Santos Cunha

Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil, EPE - Serviço Cirurgia de Cabeça e Pescoço/ORL




Conselho Directivo Nacional

José António Santos Caseiro

Hospital Militar Principal - Enfº Chefe Gastrenterologia




Conselho Directivo Nacional - Suplente

Manuel Tadeu Pais Pinto Branco

Centro de Saúde de Cascais - Extensão do Estoril

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Mensagem da Lista E aos Enfermeiros

Prezados Enfermeiros/as

Paupérrima a nossa enfermagem e actual situação!


Que diremos findos os próximos quatro anos?


Como candidato a Bastonário de forma alguma é minha intenção colocar nestes meus comentários criticas ou instigações aos actuais corpos gerentes da nossa OE, mas sim dar-vos a conhecer o meu sentimento e a minha avaliação da enfermagem actual e o que pretendemos mudar na nossa profissão; obviamente laborando em parceria com outras associações de enfermagem em Portugal e no Mundo.

Para o desempenho bem sucedido de uma determinada função, não basta ter experiência, motivação e uma formação académica adequada, pois em momentos de crise ou particularmente difíceis da gestão, as características pessoais assumem-se como o vector diferenciador dos desempenhos.

Cito com humildade o digníssimo Prof. Doutor Albino Lopes, docente no meu Mestrado em Gestão de Serviços de Saúde do ISCTE e no meu Doutoramento em Psicologia da Saúde no Instituto Superior de Ciências Educativas, quando referia que: “Só mandam fazer mais a quem já fez muito”!

Não tenho a menor das dúvidas que muito há a fazer pela enfermagem e pelos enfermeiros!

Só assim os cuidados de enfermagem poderão atingir o seu auge de glória!

A dinâmica contemporânea das Organizações é cada vez mais caracterizada pelas exigências de competência, flexibilidade e competitividade, mas também pela imprevisibilidade, pela instabilidade e pela precariedade. Empresários, políticos, gestores, quadros médios e superiores, descobriram que a única certeza com que podem contar, chama-se incerteza. Gerir a incerteza tornou-se uma competência chave e diferenciadora para quem emprega e é empregado.

A perspectiva da carreira de enfermagem mudou drasticamente na última década!

Esta nova realidade socio-económica e a dinâmica actual do mundo do trabalho e das organizações, obrigou a uma redefinição das competências diferenciadoras na questão fundamental do sucesso e insucesso profissional. Sabemos hoje, que as competências que no passado pareciam ser determinantes como preditoras de sucesso em contexto de trabalho, e que classicamente se agrupavam em saber (competências ligadas á formação e ao conhecimento) e saber-fazer (competências ligadas á experiência, ao saber adquirido pela prática e consolidado com a formação), deram a primazia ás competências que integram o saber-ser (competências ligadas ás dimensões comportamentais, motivacionais e emocionais), numa palavra, a personalidade do sujeito que se move nesse contexto.

Em conformidade com o Processo de Bolonha, a enfermagem portuguesa é referência e modelo para outros países europeus; sendo Portugal olhado como modelo! Uma vez que o acesso á profissão faz-se via ensino superior, o que não acontece na maioria da Europa. Por esta e outras razões a afirmação é essencial e preconizada pelo desejo ardente dos enfermeiros portugueses.

Qualquer que seja a organização dos cursos e a duração dos períodos, tem de ser afiançada a autonomia da actividade profissional; não basta a simples existência de “competências profissionais” – elas têm de ser assentes num exercício profissional autónomo.

Os enfermeiros têm assistido a um processo de (des)valorização profissional, de perdas e ganhos de status, sendo considerados ora como uma profissão idílica ora uma profissão conflitual; reportando-se ininterruptamente a uma colossal (in)satisfação profissional.

Perante dados estatísticos nunca outrora se desenvolveram tantas teses de Mestrados e Doutoramentos em Portugal referindo a (in)satisfação de enfermeiros civis e militares, com apoio no fenómeno Burnout (Burn= queima e out= exterior), com incidência na exaustão emocional, despersonalização e perda de realização pessoal e profissional. As vagas existentes na maioria dos Mestrados e Doutoramentos em áreas da saúde em Portugal são preenchidas por enfermeiros/as; o que quererá significar algo deprimente perante a situação actual da nossa nobre profissão.

De facto, considero que a enfermagem se encontra num ponto de viragem mas para isso as iniciativas terão que forçosamente partir das associações a ela agregadas. Para além do país, globalmente teremos de encarar as situações de outra forma; pois temos um SNS totalmente desmoronado em termos de organizações de carreiras e nada eficaz no serviço que presta ao utente.

Para se conseguir uma boa saúde em Portugal falta algo de essencial: políticos. Pois, muitas vezes as suas decisões demonstram poucos saberes em matéria de saúde. È fundamental que deixem de usar saúde como uma forma de captação de votos; a política partidária tem de ser colocada de lado quando está em causa o interesse da sociedade e, neste caso, dos utentes dos serviços do SNS. Não é necessário percorrer grande distância para conseguirmos exemplos que funcionam e adaptá-los á nossa realidade. Os enfermeiros como profissão responsável que são pretendem colocar ao serviço da população todos os saberes possíveis e adquiridos, mas, para tal se verifique têm necessidade de se movimentar dentro do SNS bem articulado e organizado onde os níveis de eficiência e eficácia predominem.

Para podermos atingir qualquer objectivo nunca poderemos descorar a nossa pretensão profissional (progredir e evoluir profissionalmente) e na necessidade de ter objectivos elevados e de estar motivado para os atingir com sucesso. O esforço (capacidade de manter um alto nível de empenho em tarefas exigentes), a perseverança (capacidade para não desistir perante as dificuldades e adversidades) e a iniciativa (ser capaz de assumir mais responsabilidades para fazer face a novos desafios).

Para o desempenho bem sucedido de uma determinada função, não basta ter experiência, motivação e uma formação académica adequada, pois em momentos de crise ou particularmente difíceis da gestão, as características pessoais assumem-se como o vector diferenciador dos desempenhos.

Prezados enfermeiros deixo a certeza de grandes mudanças na nossa profissão, é esse o meu/nosso objectivo; pois se assim não fosse nunca estaria aqui como candidato.

Necessitamos por isso de ponderar muito bem sobre essa mudança que todos nós desejamos. Mas para que isso se venha a efectivar necessitaremos de ser sábios. E a palavra é mesmo esta – sábios.

Pessoas que sabem muito sobre as matérias que directa ou indirectamente influenciam ou irão influenciarem os caminhos da enfermagem nos próximos quatro anos. Pessoas com pensamento estratégico; com visão sobre a actualidade e o futuro da profissão; com visão sobre as actuais e futuras políticas de saúde; com profunda visão social; com uma visão enquadrada nos actuais valores da economia e finanças; com valores intrinsecamente humanistas.

Sem confronto nada se faz; sem controlo nada se faz correcta e eficazmente.

Votem! Só assim conseguiremos atingir os nossos/vossos objectivos.

Atenciosamente;

Carlos Manuel Vaz Folgado

Programa de Acção para o Quadriénio 2008-2011

  1. Adquirir a iniciativa de propor junto do poder legislativo a revisão e de proceder à modificação do REPE – Regulamento do Exercício Profissional dos Enfermeiros (Decreto-lei n.º 161/96 de 4 de Setembro).
  2. Adquirir a iniciativa de propor junto do poder legislativo a revisão e modificação do estatuto da ordem dos enfermeiros (Decreto-Lei n.º 104/98 de 21 de Abril).
  3. Uniformização de horários dos Enfermeiros a nível Nacional.
  4. Uniformização de vencimentos dos Enfermeiros a nível Nacional.
  5. Gestão dos profissionais de enfermagem e sua respectiva colocação nas instituições de saúde, públicas ou privadas.
  6. Paridade de gestão para as mais variadas Instituições de Saúde, públicas ou privadas.
  7. Desenvolver consensos para que as permutas de situação sejam um dado adquirido, ao mesmo tempo gerido unicamente pela Ordem dos Enfermeiros Portugueses.
  8. Fomentar estudo dos estabelecimentos de ensino, existentes, para a licenciatura em enfermagem. Alteração e uniformidade do conteúdo programático.
  9. Desenvolver junto do poder legislativo equidade de direitos e deveres para todos os enfermeiros, quer militares ou civis com incidência Europeia.
  10. Proposta de formulação do Acto de Enfermagem a nível Europeu. Aquisição de novas responsabilidades e competências.
  11. Especializações em Enfermagem enquadradas e ajustadas ás várias áreas da saúde.
  12. Desenvolver junto do poder politico actuações para finalizar o desemprego na profissão de enfermagem em Portugal. Anular a precariedade na profissão.
  13. Valorizar os graus académicos.
  14. Selectividade na admissão de enfermeiros vindos de outros países.
  15. Cuidados de Enfermagem diferenciados; racionalizar a optimização e rentabilidade dos enfermeiros perante um rácio enfermeiro/paciente, em conformidade com a OMS.